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terça-feira, 26 de maio de 2015

Toca do antigo garimpeiro Pedro Feio

Olá!

A vila de Igatu e seus arredores são repletos de antigas tocas abandonadas de garimpo. Muitas ainda estão em boa conservação visto que são geralmente feito de pedras e, sobre pedras.
 
Eu acho que os antigos garimpeiros eram verdadeiros arquitetos. Em algumas tocas são possíveis ver cômodos e janelas, inclusive portas. Um verdadeiro palácio de pedras no meio do mato.
 
A toca do Pedro Feio é uma das maiores que já vi. Cabem perfeitamente 4 pessoas lá dentro.  Esta localizada subindo o Rio Coisa Boa, por aproximadamente 1 hora, seguindo a mesma trilha da cachoeira da Visagem. A caminhada é bem íngreme e exige disposição. A trilha é linda, bem arborizada, com bastante água pelo caminho e muito o quê se ver. Já encontrei antigas relíquias de garimpo nesta trilha.  Eu recomendo a todos ver de perto um pouco desta história que remonta à época de ouro do garimpo de diamantes.

Eu imagino a quantidade de garimpeiros que viviam perambulando pelos arredores destas serras...

Até Breve!                                       ChapaHouse sua Agência de Turismo em Igatu





quarta-feira, 20 de maio de 2015

Dados da Nasa revelam que o mundo está ficando sem suas principais fontes de água

Olá!

Não sei até que ponto as notícias são verdadeiras ou não mas, independente disto, o fato é que estamos, todos nós, destruindo o mundo.
 
Acho que chegou a hora de pararmos e olharmos para dentro de nós com olhar de criança e reconhecer que não sabemos nada e que, também, não somos nada. Temos que viver uma vida diferente, sem consumismo exagerado.
 
Eu acho que enquanto estivermos numa mentalidade individualista, não iremos a lugar algum mas, nunca é tarde para mudar.
 
Quer mudar? junte-se a mim! Seja você mesmo e venha morar em Igatu e ter uma vida simples, sem luxo, onde se vive apenas com o necessário para o dia, onde não se preocupa demasiadamente com o futuro, e sim, com o presente.
 
Vejam o artigo alarmante do jornal O Globo:
 
RIO - Apesar de aproximadamente 70% da superfície da Terra estarem cobertos de água, só cerca de 2,5% deste precioso composto essencial para a vida existente no planeta consistem em água doce, ou seja, apropriada ao consumo humano e animal e para uso na agricultura e na indústria. Grande parte desta água doce, no entanto, está presa na forma de gelo nas calotas polares e em glaciares ou em enormes e profundos depósitos subterrâneos, conhecidos como aquíferos confinados. Assim, durante milênios, a Humanidade dependeu quase exclusivamente de lagos e rios, que respondem por apenas cerca de 0,0072% de toda a água no planeta, e de poços relativamente rasos, que em geral alcançam só os lençóis freáticos, também conhecidos como aquíferos não confinados, para sobreviver.
 
Nas últimas décadas, porém, os grandes e profundos aquíferos confinados, até pouco tempo atrás praticamente inacessíveis, começaram a ser usados para suprir diversas necessidades, desde irrigação de plantações até mitigação da sede de uma população crescente. O problema é que em muitos lugares, especialmente em algumas das regiões mais áridas do planeta, o ritmo de retirada de água destes depósitos subterrâneos é bem superior à sua reposição natural. Assim, estas fontes estão começando a secar, colocando em risco a segurança hídrica, e consequentemente a sobrevivência, de bilhões de pessoas.
É isso que mostra agora um estudo que mediu variações no volume de água que estaria guardado nos 37 maiores sistemas aquíferos (somando depósitos confinados e não confinados) da Terra entre 2003 e 2013. De acordo com o levantamento inédito — feito com base em dados sobre pequenas variações na força da gravidade do planeta medidas pelos satélites gêmeos da missão espacial Grace, da Nasa —, nada menos que 21 destes sistemas passaram do nível sustentável, isto é, parecem ter perdido mais água do que foram recarregados neste período. E em 13 destes, ou mais de um terço do total, a diferença entre a retirada e reposição de água seria tamanha que eles foram classificados como sob grande “estresse”. Para piorar ainda mais o cenário, um segundo estudo que acompanha o primeiro também mostra que não existem dados suficientes para calcular qual o real tamanho destes depósitos subterrâneos de água, o que torna impossível saber exatamente quando e se eles vão se esgotar de fato.
 
— A situação é bem crítica mesmo — diz Jay Famiglietti, professor da Universidade da Califórnia em Irvine, nos EUA, e líder de ambos os estudos, publicados nesta quarta-feira no periódico científico “Water Resources Research”. — As medições físicas e químicas disponíveis são simplesmente insuficientes (para saber o volume total dos aquíferos). E dada forma rápida como estamos consumindo as reservas aquíferas do mundo, precisamos de um esforço global coordenado para determinar quanto de água ainda temos nelas.

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Segundo os dados, os sistemas aquíferos sob maior estresse no mundo são o da Arábia, que fornece água para mais de 60 milhões de pessoas na Península Arábica; o da Bacia do Rio Indo, entre o Noroeste da Índia e o Paquistão, com uma população de alcança centenas de milhões de pessoas; e o da Bacia Murzuk-Djado, no Norte da África — todos localizados em regiões das mais áridas do planeta.

Leia mais sobre esse assunto em :
 
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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Economize R$ 100, por dia, na Chapada Diamantina andando sem guia.

Olá!

Neste post espero ajudar algumas pessoas que encaram o desafio de fazer uma trilha sozinho pelo mato. A jornada é difícil mas recompensadora. Perde-se pela falta de informação adquirida que um guia pode transmitir mas, ganha-se pela autoconfiança adquirida e pela economia de dinheiro.
 
Eu sempre recomendo a presença de um guia ou condutor pois, ele conhece a região, a história, a fauna, a flora, os perigos, etc. O turista que anda sozinho pelas trilhas apenas aproveita o fim do passeio (por exemplo, a cachoeira no final da trilha). Enquanto que com um guia (atenção para os guias) pela trilha é possível, à medida que se anda, ir conhecendo plantas e bichos e muito mais.

Então, se você está indo a Chapada Diamantina no estilo "aventura", sem muito dinheiro no bolso, além dos cálculos de comida, transporte e hospedagem, é preciso lembrar que há um custo financeiro com os guias locais.

Dou-lhes a boa notícia que alguns passeios pela chapada não necessita de guia, o quê pode render uma economia média por dia de R$ 100. Isto vai depender de uma série de fatores, por exemplo: Um passeio ao Poço Azul pode custar R$ 1000 para quatro pessoas, enquanto o aluguel de um carro na cidade de Lençóis e a entrada para o poço custam R$ 100 e R 25, respectivamente.
 
Apesar de ser um destino de muitos mochileiros sem carro, a melhor opção para a Chapada Diamantina é visitar o parque motorizado. Se não for de carro para a Bahia, uma alternativa é pegar o voo até Salvador e lá alugar um carro para ir até Lençóis, onde há pousadas e hostels. A cidade fica a 414 km de Salvador. O aluguel do carro sai por aproximadamente R$ 70 mais o custo da gasolina, mas este gasto pode ser dividido entre todos que vão utilizar o carro, o que acaba barateando os passeios. Você pode alugar também um carro na cidade de Lençóis por cerca de R$ 100 (fora da alta estação).
 
Abaixo, seguem alguns passeios na Chapada Diamantina, próximo de Lençóis, que podem ser feitos sem a presença de guia. Digo:é difícil mais, não impossível. Boa sorte!

Qualquer duvida, me escrevam!

Boa Viagem!                                    ChapaHouse sua Agência de Turismo em Igatu

Morro do Pai Inácio (sem guia): Cartão postal da Chapada Diamantina, o Morro do Pai Inácio tem fácil acesso da estrada (BA 242) que liga Lençóis a Seabra. Há diversas placas indicando o local onde os carros podem parar. Do estacionamento gratuito, basta subir uma trilha de 20 minutos até o topo do morro. A entrada custa R$ 5. Atenção, quem vem pela estrada de Lençóis para Seabra, a entrada do morro fica no lado direito da pista de rodagem, logo após um curva - não é bem sinalizado, vá devagar. As agencias locais costumam cobrar bem mais que você pagaria alugando um carro em Lençóis, por R$ 100 a diária, mais a entrada.
 
Morro do Camelo (sem guia): Outro cartão postal da Chapada, o Morro do Camelo é visto da estrada (BA 242) que vai para Seabra. É só parar o carro no acostamento e aprecia-lo. Também é possível ver no topo do Morro do Pai Inácio. Lá de cima, não é preciso procurar muito para achar a paisagem e tirar fotos. Na verdade, no topo do Pai Inácio tem uma pequena replica natural de pedra do Morro do Camelo.
 
Mosquito (sem guia): Atenção, todo mundo que tenta ir para a cachoeira do Mosquito acham que estão perdidos, mas é assim mesmo: você passa por uma infinidade de porteiras em uma estrada de terra que sai da BA242, entre Lençóis e Tanquinho e parece que não tem fim. Para ir à cachoeira, antes você deve passar no supermercado Senna, no centro de Lençóis. Lá se compra o ticket de entrada para a cachoeira (R$ 10). Na última porteira, aparecerá alguém para receber o comprovante. Depois dessa porteira e do casarão, é preciso andar mais alguns minutos de carro até o fim da estrada e, pronto, é só estacionar e pegar a trilha.
 
Mucugezinho e Poço do Diabo (sem guia): Basta alugar um carro em Lençóis (R$ 100) e pegar a estrada (BA 242) em direção a Seabra. Para-se o carro em um restaurante visto da estrada no lado direita da pista - Não tem como errar, geralmente está repleto de carros estacionados. Para conhecer, basta atravessar o restaurante e loja de lembranças e pegar uma trilha, não bem definida. É preciso perguntar as pessoas (sempre há pessoas por lá) a direção certa. Não há custo para entrar.
 
Cachoeira da Fumaça (sem guia): Indo de carro, você sai de Lençóis, pela BA 242, até a vila de Caeté-Açu, no Vale do Capão. Lá, basta perguntar a qualquer um para se localizar, pois a cachoeira é bem conhecida e é possível ver as pessoas caminhando para a trilha e o local exato de parar o carro. A trilha dura aproximadamente 2h30, das quais a primeira hora é de uma subida íngreme. Esta primeira parte é bem demarcada. Na parte de cima da trilha, do lado esquerdo há um paredão (não é o caminho correto) e do lado direito uma pequena floresta (há um caminho pelo meio das árvores). A boa notícia é que esta é uma das trilhas mais frequentadas. Portanto, na dúvida, espera alguns poucos minutos até um grupo passar e os siga.
 
Cachoeira do Sossego (sem guia): Trilha de aproximadamente três horas inicia-se dentro de Lençóis. Tem algumas sinalizações. Não é bem definida e tem uma parte de lajedo bem complicada. Apesar de sempre seguir o rio, o caminho é difícil porque é feito todo em cima de pedras, além do que é preciso trocar o lado da margem, dependendo de como estiver o rio. A dificuldade maior é achar o inicio da trilha no leito do rio, onde devemos passar por baixo de uma pedra e, quem não sabe disto, acaba dando uma volta enorme e perigosa. Outra dificuldade ,é saber o momento de deixar a trilha no caso de chuva. Fique Atento a enxurradas pois, a cachoeira é dentro de um cânion, sem saída. Não tem ingresso.
 
Ribeirão do meio (sem guia): É bem fácil de chegar, pois está dentro de Lençóis. Sua trilha é bem definida mas, não totalmente sinalizada. Há possibilidade de se perder no final da trilha onde existe um grande lajedo. É a segunda parada da cachoeira do Sossego para quem prefere ir com as agencias locais. O passeio custa em média R$ 100. Tem duas barracas ao longo do caminho que serve para descansar e beber água.
 
Cavernas Lapa Doce e Torrinha (sem guia): De carro, é possível fazer as duas no mesmo dia. Partindo de Lençóis pela BA 242 direção Seabra, vira-se a direita depois do posto Carne Assada direção Iraquara BA 122. Para chegar até lá não é preciso guia, mas para explorá-las sim. Lá é obrigatório pegar um guia da caverna que ficam na entrada da trilha à espera dos visitantes . Na Torrinha, custa R$ 45 o passeio completo. Se quiser conhecer apenas algumas galerias, o preço cai para R$ 30.
 
Pratinha e Gruta Azul (sem guia): Indo de carro desde Lençóis pela BA 242 e BA 122 - direção Iraquara - e, depois, estrada de chão batido, chegamos à Fazenda Pratinha, propriedade particular onde ficam a Gruta da Pratinha e a Gruta Azul, próxima ao município de Iraquara. Por R$ 20 por pessoa para entrar; descida de tirolesa no Lago da Pratinha (R$ 10), aluguel de caiaques (R10/hora) e a flutuação para observar o interior da Gruta da Pratinha (R20/meia hora), já que não é permitido pisar lá para não alterar as condições do solo.
 
Poço Azul (sem guia): Também fica no meio do caminho entre lençóis e o sul da Chapada. Saindo Lençóis, pega-se a BA 242, direção Itaberaba, e depois a BA 142, direção Andaraí. Haverá uma placa indicadora da estrada de chão a entrar com indicação de 17 km. A partir daí não tem sinalização, é torcer para encontrar alguém e ir perguntando no meio do caminho as pessoas que encontrar. Por estar em uma propriedade particular, a entrada custa R$ 15, mas a vantagem é que dá direito a um mergulho de 20 minutos. Existem dois caminhos de carro possíveis. Ambos são por estrada de chão, sem muita sinalização. Cuidado para não se perder.
 

Poço Encantado (sem guia): Mais distante de Lençóis, é possível ir de carro alugado. O caminho é o mesmo do poço azul, só que maior ainda. É preciso continuar pela BA 142 até depois de Andaraí para pegar a entrada do Poço Encantado. Há uma placa na estrada sinalizando o ponto exato de deixar a BR e pegar a estrada de chão. Este local geralmente é visitado por quem está indo na direção sul da Chapada Diamantina. Para chegar não é preciso guia, apenas um carro e uma boa orientação pois, é preciso sair da BR para pegar estrada de chão. Não é muito bem sinalizada. O jeito é ir perguntando as pessoas.  Na entrada paga-se R$ 20 para descer até o lago azul, acompanhado de alguém do parque.

Poço do Diabo

Mucugezinho

Pratinha

Gruta Azul

Morro do Pai Inácio

Cachoeira da Fumaça - por cima.

 

quinta-feira, 7 de maio de 2015

A cachoeira da Cadeirinha, em Igatu, é ótima para piquinique.

Olá!

A vila de Igatu é um paraíso para quem gosta de cachoeiras. Já enumerei aqui, no meu blog, diversas delas. Hoje falarei um pouco da cachoeira mais famosa de Igatu. Deve-se isto pelo simples fato dela ser a cachoeira mais perto da vila.

Para chegar a ela é bem simples: Basta subir a Rua do Bandolim até a ponte que separa a vila de Igatu do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Tem uma pequena trilha no lado direito da ponte. É só seguir esta trilha, mantendo-se à esquerda do Rio, até a cachoeira.

Não é longe para chegar a ela. Leva cerca de 10 minutos ou mais até a queda d´agua, a partir da ponte. Da vila até a ponte você faz em menos de 10 minutos, também. Então é bem fácil. Por isso, seu sucesso em alcança-la é absoluto.

Chegando lá, tem uma árvore bem grande que serve de sombra para os visitantes do local. Tem uma grande área para piquenique também. Não há dificuldade para se banhar nas águas do Rio Coisa Boa. A água costuma ser quente na parte da tarde. A queda forma uma verdadeira hidromassagem.  Você pode levar crianças e idosos. Tem pequenos cristais no leito do Rio.

Não esqueça de recolher o lixo ao voltar.

Boa Viagem!                                   ChapaHouse sua Agência de Turismo em Igatu


 










terça-feira, 5 de maio de 2015

Por do Sol no Morro do Pai Inácio: imperdível para quem vem a Chapada Diamantina.

Olá!

Este é sem duvida o cartão posta da chapada diamantina. É um lugar fantástico, com uma vista exuberante de 360 graus de toda a chapada. É parada obrigatória para todos visitantes.

Para chegar até o morro, você (turista) tem duas opções: pagar a uma agência de turismo da região para te levar ou, aluga um carro e vai por conta própria. As agências tem um preço tabelado e nas altas temporadas o preço pode esta bem alto. O aluguel é muito mais cômodo e barato além, de você poder visitar outros lugar próximos ou no caminho.

De carro, saindo de Lençóis você vai até a BR 242 e vira a esquerda em direção a Palmeiras. Cerca de 40 minutos você chega ao sopé do morro do Pai Inácio. Você estaciona e passa por um pequeno portão da associação dos guias locais. Cobra-se uma pequena taxa. R$ 3,00.

A partir daí e uma trilha de subida (mais ou menos 20 a 30 minutos), quase uma escadaria de pedras onduladas. Fácil porém, cansativo.

A vista do topo do morro é única. É possível ver o morro do Camelo, os Três Irmãos (outra formação rochosa famosa) e o Moro do Castelo. Tem várias espécies de orquídeas endêmicas além de bromélias e cactos lindos.

A lenda diz que um antigo escravo, que flertou a filha do dono do engenho (Sr. Inácio), fugiu para o morro e fingiu se jogar do seu topo para assim, poder se casar e ser livre.

Boa Viagem!                                   ChapaHouse sua Agência de Turismo em Igatu
 

























 

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Empresas chinesas invadem garimpos de cristal no Brasil

Olá!

Como sempre digo aqui neste blog, estamos destruindo o mundo; temos que parar!
 
Veja esta reportagem sobre o que estamos fazendo com nosso futuro!? Infelizmente, eu mesmo, já fui representante de uma empresa comercial de pedras semipreciosas. Eu adoro cristais, amo mesmo. Não sei o quê podemos fazer para conter esta situação. Acho que o caminho é sermos realmente sustentáveis - utopia!?
 
Está notícia é do ano de 2008. imagina, de lá pra cá, o quê mais deve ter ocorrido sem ser publicado na mídia?
 
Eu já ouvi pessoalmente que em certas cidadezinhas do interior da Bahia só se usa dólar ou iene para comprar ou vender cristais. Hoje, acredito.

Até a próxima! 
 
 
Empresas chinesas invadem garimpos de cristal no Brasil

As empresas chinesas descobriram e, gradualmente, passaram o dominar o mercado de garimpos de cristal no país, conforme mostra reportagem publicada na edição deste domingo da Folha de S.Paulo.

Os chineses absorvem 80% da produção, importando o cristal bruto, que é lapidado em território chinês e recolocado no mercado internacional, inclusive no Brasil, na forma de jóias semipreciosas, de bijuterias e de artigos para decoração, entre outros.

Diante da concorrência chinesa, os empresários brasileiros abandonaram a lapidação e muitos se dedicam somente a vender as pedras brutas para os rivais asiáticos.

- See more at: http://www.ramojoalheiro.com.br/conteudo/artigos-e-noticias
 

 
Chineses invadem cidades da região Central de MG em busca de pedras semipreciosas

postado em 20/05/2012 07:52 / atualizado em 20/05/2012 11:49            
 
“Em média, o total declarado para o conteúdo de cada contêiner é de US$ 6 mil (R$ 12 mil), mas o valor de fato pode ser US$ 100 mil (R$ 200 mil)”, diz uma fonte do setor. Ele lembra que o quartzo mais barato custa R$ 2 o quilo, mas, segundo Raymundo Vianna, o preço do quilo do quartzo muda de acordo com a variedade e a qualidade da pedra. “O quartzo rosa e o rutilado de boa qualidade custam entre R$ 8 mil e R$ 10 mil o quilo. Já a ametista e a rodonita, outras variedades, podem valer até R$ 30 mil o quilo. Porém é impossível estabelecer o valor da pedra sem a avaliação de um perito”, diz.

Segundo a Secretaria de Estado de Fazenda, há equipes especializadas para atuar na fiscalização do setor nas regiões onde a exploração de gemas é predominante. Além disso, o produtor individual pode emitir sua nota fiscal, mas um procedimento de retaguarda é adotado no caso de remessa de mercadoria para o exterior.

Chineses invadem o estado

A rota de interesse dos chineses pelas pedras preciosas brasileiras passa por municípios mineiros e também baianos. Em Minas, os principais são Curvelo, Corinto e Inimutaba. Na Bahia, Novo Horizonte, Ipupiara, Campo Formoso e Oliveira dos Brejinhos. Em Curvelo, profissionais que atuam com eles, mesmo sem formação superior, aprendem até a falar mandarim, ainda que com noções rudimentares. Com isso, têm rendimentos garantidos. Os pagamentos são todos feitos em dinheiro vivo. E adiantados. Entram nessa lista prestadores de serviço, restaurantes, hotéis, postos de gasolina, imobiliárias e lojas de aluguel de veículos. Todos extremamente satisfeitos.

“De coração, se for para prejudicar os chineses não faça essa matéria. Eles pararam de comprar pedras por quatro meses por causa do preço e do ano novo chinês e Curvelo inteira sentiu”, diz um prestador de serviços que viu na chegada dos compradores da China a solução para ter renda. De acordo com ele, de 2006 para cá a presença de chineses na cidade cresceu 70%. “Só na Bahia tem dez famílias”, afirma. Em Curvelo, alguns vivem em hotéis baratos, de R$ 25 a R$ 70 a diária, outros alugam casas onde vivem por cerca de três meses, depois dos quais voltam para o seu país de origem e são substituídos por membros da família.

Em junho de 2010, a Polícia Federal apreendeu 700 quilos de pedras semipreciosas e cristal em Itacambira. Elas foram obtidas por meio da exploração ilegal por quatro chineses e dois brasileiros. As investigações indicaram a existência de um esquema de venda dos produtos para a China, que teria base em Curvelo, na Região Central do estado. Foram presos os chineses Wu Tsung Ying, Daí Yong Dong, Rayoin Huo e Shao Kang He, além do garimpeiro Adilson Mariano de Oliveira e Cláudio Afonso dos Santos, transportador e intermediário do negócio.

Os 700 quilos de cristal e pedras semipreciosas estavam sendo transportados em 18 sacos de linhagem na carroceria de um Fiat Strada e, de acordo com informações da Polícia Federal, foram vendidos para os chineses por R$ 15 mil. Os produtos minerais teriam sido retirados de garimpo no povoado de Machados, na zona rural de Bocaiúva, e seguiam para Itacambira, passando por uma estrada vicinal. A Polícia Militar de Itacambira fez a apreensão, depois de receber uma denúncia anônima. Dias antes, também no Norte de Minas, foi apreendida 1,2 tonelada de cristal de quartzo e 20 quilos de pedras semipreciosas, que saíram de Licínio de Almeida, no sertão da Bahia, e que seriam levados para Curvelo. Segundo a PF, os minérios extraídos na Bahia também teriam como destino a China.

"Se for para prejudicar os chineses não faça essa matéria. Eles pararam de comprar pedras por quatro meses por causa do preço e do ano novo chinês e Curvelo inteira sentiu" - prestador de serviços aos chineses em Corinto, que pediu para não ser identificado.

 
Caminhos da pedra brasileira rumo à Ásia

Garimpo
É dos garimpos, a maioria deles clandestinos, que saem as pedras preciosas brutas que serão exportadas pelo estado

Subfaturamento
É esse um dos caminhos usados pelos produtores para "maquiar" a pedra bruta clandestina, tornando-a aparentemente legalizada

Venda
Uma vez feita a "maquiagem", as pedras são repassadas aos atravessadores, que vão vendê-las aos clientes estrangeiros

Desembaraço
Empresas especializadas desembaraçam a mercadoria, enviando-a para o Rio de Janeiro, de onde será exportada

China
As pedras chegam à indústria joalheira na China, a segunda maior do mundo, onde serão transformadas em joias, semijoias e bijuterias

Joias montadas (prontas)
Parte das joias e bijuterias entram novamente no Brasil, muitas vezes via contrabando, prejudicandoa indústria joalheira nacional